segunda-feira, 4 de maio de 2015

CAMPO DI MARZO NERO D’AVOLA TERRE SICILIANE IGT 2013

Tinto • Itália • Sicília • Nero d'Avola



Se você está embarcando numa viagem pelo universo vitivinícola da Sicília, então ‘Nero d’Avola’ é o nome que você quer ouvir. Trata-se da espécie vinífera de maior presença na ilha, e não é à toa. Com este exemplar percebemos que a uva foi feita para a região e vice-versa. Descubra!

Se este vinho fosse um prato tradicional da culinária italiana…… seria a ‘Pasta alla Norma’. Caso nunca tenha ouvido falar, saiba que se trata de uma receita da Sicília, preparada com tomates frescos, beringela, ricota e manjericão. Ah, e saiba também que ela harmoniza deliciosamente com este vinho

Se for comer algo, tente…… a ‘pasta alla Norma’, um prato super tradicional da culinária siciliana que leva ricota, tomates frescos, beringela e manjericão. Se estiver afim de uma receita mais simples, invista no bom o velho pomodoro ou bolonhesa.

Para impressionar, diga que…… Terre Siciliane é a nova designação para a indicação Sicília, que em 2011 assumiu o status DOC.

Avaliações
Ari Gorenstein
No nariz mostra toques de frutas vermelhas, com destaque para cerejas em compota. O paladar é concentrado, poderoso e quente.
O Produtor
Castellani
Além dos mais de 1000 hectares espalhados por regiões como Toscana, Abruzzo e Sicília, o grupo Castellani é propprietário de vinhedos na região da Puglia. Entre eles estão os da Campo di Marzo, cujos vinhedos banhados pelo sol abundante originam frutos concentrados e maduros. O grupo Castellani existe desde 1903 e hoje exerce a sustentabilidade através de uma série de medidas, como por exemplo o uso de energia renovável e papel reciclável.

CAPALA MONTEPULCIANO D'ABRUZZO DOC 2013

Tinto • Itália • Abruzzo • Montepulciano


Um rótulo DOC é produzido sob rígido controle de qualidade, o que garante personalidade e expressividade bem específicas aos vinhos. Este é o caso do Capala Montepulciano D’Abruzzo, que expressa o melhor de seu terroir e é um item que toda adega precisa ter para ser completa.

Se este vinho fosse uma personalidade italiana…… seria Sophia Loren. Atriz talentosa, bela e sedutora que, assim como este vinho, conquistou uma legião de fãs ao redor do mundo.

Se for comer algo, tente…… carnes vermelhas ou suínas, queijos e embutidos. Salame é uma ótima combinação.

Este vinho em alguns adjetivos...…… intenso, saboroso, elegante.

Avaliação.
Ari Gorenstein
Sua coloração é rubi profundo. No nariz, apresenta aromas frutados de amoras e frutas vermelhas. O paladar é intenso e equilibrado, com final persistente.

O Produtor.
Azienda Capala
Dentre os inúmeros grupos e grandes produtores situados na célebre região de Abruzzo, na Itália, com o objetivo de produzir vinhos de alta qualidade, há uma pequena vinícola que se destaca. Com algumas dezenas de hectares destinados ao cultivo das castas típicas da região, impressiona especialistas ano após ano com rótulos de grande potencial, produzidos atendendo às exigências da denominação de origem controlada. Com o objetivo primário de respeitar o terroir e se ater às características agraciadas que o solo de Abruzzo proporciona, a vinícola prioriza a excelência e o cuidado em todo o processo de elaboração, em detrimento de produções massivas.

Silvio Carta Vernaccia de Oristano Riserva 2004

Sardenha, Itália



Já ouviu falar em Vernaccia di Oristano? É um tipo de vinho incrível, mas muito difícil de encontrar fora da Itália, mais raro ainda fora da Europa. É um fortificado branco feito na ilha de Sardenha nos mesmos moldes de Jerez.

E até parece muito com os Jerezes secos no nariz: pêssegos em calda, figos, castanhas tostadas – é um baú de nozes! Acha que por isso perdeu a acidez? Não! Ela é altíssima e ainda acompanha um toque picante que a ajuda a despertar todas as papilas.

As semelhanças com o milenar espanhol não param por aí. Até a vinificação é parecida, com o mesmo e complexo sistema de soleras para dar complexidade e estrutura ao vinho - mistura-se vinhos jovens e velhos para manter a constância. São feitas quatro a cinco fileiras de barris de carvalho e, a cada ano, uma parte de cada fileira é misturada aos vinhos mais novos. Antes de serem comercializados, os barris mais antigos ainda ganham um pouco de vinho novo em fermentação natural.

E, assim como os vizinhos espanhóis, é uma bela companhia para charutos e embutidos. Porém, com menos fileiras na solera e uvas menos potentes, a graduação de um Vernaccia consegue ser mais baixa, fazendo dele um fortificado mais acessível, mais fácil de beber, mais suave.

Graduação alcoólica: 16,5%

História

Antigamente, a Silvio Carta focava apenas em licores e destilados, estilos de bebidas muito comuns nas ilhas da Itália (grande concorrente das denominações da Sicília, apesar de geograficamente tão distantes).

Foi na década de 1970 que Elio, filho de Silvio, amante de vinhos, decidiu entrar no ramo. Com o conhecimento das altas graduações alcoólicas, optou por fortificados, e é um dos poucos produtores do país que investem no método de solera, o mesmo dos Jerezes, na Espanha. Em 1972, ele conseguiu o certificado internacional do prestigiado Instituto Técnico de Enologia de Conegliano (Vêneto).


MISSION SAINT VINCENT BORDEAUX RED 2011

Tinto • França • Bordeaux • Várias uvas

Se este vinho fosse uma personalidade francesa…… seria Georges Moustaki, reconhecido mundo afora por suas composições às cantoras lendárias Piaf, Dalida e Barbara. Com suas obras clássicas e irreverentes, assemelha-se a este exemplar de Bordeaux.
Se for comer algo, tente…… carnes vermelhas grelhadas ou assadas, ou vale investir também em massas acompanhadas de molhos.
Este vinho em alguns adjetivos…… frutado, harmonioso e descomplicado.
Avaliações.
Ari Gorenstein
Tem coloração vermelho rubi atraente. No nariz mostra uma mistura agradável de frutas vermelhas e carvalho tostado. O paladar é macio com traços frutados, bem equilibrado e fácil de beber.
O Produtor.
Producta Vignobles
Producta Vignobles foi fundada no ano de 1949 e é um dos principais nomes no mercado de vinhos de Bordeaux e também do sudoeste da França. Com uma ampla gama de rótulos tintos e brancos, e a reconhecida experiência na criação e no desenvolvimento da marca, a vinícola apresenta ao público seus altos padrões de fabricação. Contando com o trabalho de excelentes enólogos, que trabalham incansavelmente para oferecer aos clientes produtos de qualidade excepcional, a produtora colocou os princípios do desenvolvimento sustentável no centro de suas operações (agricultura sustentável para incentivar a gestão das vinhas, desenvolvimento no compromisso de proteger os interesses dos pequenos produtores e uma nova abordagem econômica para garantir a qualidade consistente dos rótulos).

domingo, 3 de maio de 2015

Caballero de la Cepa Reserva Cab Sauvignon 2012

Mendoza, Argentina



Vinho e doce de leite: duas coisas que a Argentina faz tão bem unidas neste Cabernet!

Produzido pela família Flichman, que já traçou história e tradição no mundo do vinho, especialmente quando se trata de Argentina, este Cabernet se apresenta realmente como um cavalheiro. O doce de leite é nitidamente sentido ao primeiro gole, herança da madeira presente nos vinhos argentinos.

Com muita elegância e cavalheirismo, ele flui à boca como compota, como uma colherada recheada de morangos e no final, uma partezinha verde do morango para fechar com taninos.

Presente, marcante, de taninos explícitos e corpo que chega a lembrar um Tempranillo, mas é Cabernet argentino, com história de família e intenso.

Graduação alcoólica: 14,5%


História

Com muita história e tradição no mundo vitivinícola, a Finca Flichman virou referência quando o assunto é vinhos argentinos. Tudo isso começou lá em 1873, quando o judeu Sami Flichman se estabeleceu em uma pequena cidadezinha em Mendoza. Seu espírito visionário fez com que ele plantasse ali, naqueles solos rochosos e secos do rio Mendoza, algumas vinhas.

O resultado foi um vinho de tanto sucesso que não demorou muito a ser exportado a outros territórios. Assim, a família Flichman se estabeleceu em 1910 como vinícola Finca Flichman e faz história até hoje.

Offley Porto Tawny

Douro, Portugal


Um Porto tradicionalzão, com direito a frutas vermelhas maduras e um tom amadeirado que mostra todo seu envelhecimento.

Muito da complexidade de um Porto se deve às uvas utilizadas em sua composição e ao envelhecimento. A Tinta Barroca é quem traz mais álcool ao fortificado; a Tinta Roriz (Tempranillo) traz corpo e muita, mas muita tâmara; a Tinta Cão dá delicadeza ao vinho, e a Touriga Franca, leveza; por fim, a mais importante de todas e responsável pelos principais sabores de um Porto é a Touriga Nacional, deixando um final de boca banhado em nozes que é a cara de um Tawny.

Unindo todos esses “ingredientes”, a paixão pelo vinho e o envelhecimento ideal, a Offley nos trouxe um vinho clássico, versátil e atraente. Acompanha de um creme queimado a uma torta de amêndoas e mais: a este preço? Atraente é o mínimo que poderíamos falar.

Graduação alcoólica: 19,5%

História

Se você já procurou por Vinhos do Porto por aí, temos quase certeza de que já viu um Offley. É uma marca conhecida, “de responsa”, que você pode beber sem medo de errar. Pudera, os caras fazem vinho desde 1737!

Ao longo dos anos, a Offley tem investido muito na região do Douro, principalmente nos redutos de produtores de Porto. Principalmente com a ajuda da grande corporação Sogrape Vinhos, são eles os responsáveis pelo desenvolvimento da sub-região de Vila Nova de Gaia, que tem dado o que falar nos últimos anos.

Fleur de Clinet 2009

Bordeaux, França



Este vinho é um senhor de fraque! Vindo de uma das melhores safras de Bordeaux dos últimos 50 anos, ele se desmancha em elegância com tanino e acidez combinados em perfeita harmonia. 

Em um mapa de 1785, pode-se ler na região de Pomerol, Bordeaux, algo como “Cliné”. A palavra significa algo como lugar de coisas “arcadas”. Essa formação da natureza proporciona algo que, desde 1785, manteve inteiras as vinhas do Château Clinet: uma drenagem natural das águas dos rios. Ou seja, é praticamente uma captura automática do melhor que o solo de Bordeaux pode dar!

É um vinho para se guardar na adega e degustar lá para 2020. Ao primeiro gole, trava a boca com tantos taninos. Após uma hora de decanter, já está mais macio e integrado, mas ainda pede guarda ou, no mínimo, uma comida bem suculenta e potente.

Volumoso, um toque de cassis aqui, uma nota de pimenta branca ali, cravo e alcaçuz. Aos poucos ele se mostra mais fresco com framboesas e uma estrutura em boca marcada pelo tanino aveludado e pela acidez que preenche e faz salivar.

Vai de bolonhesa ao forno ou carré de cordeiro?

Graduação alcoólica: 13,5%

História

Em um mapa de 1785 da região de Bordeaux, mais especificamente na pequena Pomerol, pode-se ler algo como “Cliné” em uma área de vinhas que circundam uma antiga igreja. A palavra significa algo como “lugar das coisas ‘cliner’”, termo francês que, por sua vez, pode ser “arco” ou “magro”.

Foi uma forma lúdica que os exploradores encontraram para descrever essa região, principalmente o pequeno (e magro) declive que desce por todo o planalto do Pomerol em um formato de arco.

Essa formação da natureza proporciona algo que, desde aquela época, manteve as vinhas inteiras: uma drenagem natural das águas dos famosos rios de Bordeaux – ou seja, é praticamente uma captura automática do melhor que o solo bordalês pode dar a uma uva.

Percebendo essa grande oportunidade, a primeira família que dominou os hectares construiu o Château Clinet, ainda no século 19. Desde 1998, é a família Laborde, liderada por Ronan, homem de negócios e grande entendedor de vinhos, que elevou o status da vinícola a uma das mais reconhecidas no Pomerol hoje (principalmente graças ao seu tom exigente e minucioso comentado por muitos).

Château La Croix Meunier Grand Cru 2004

Bordeaux, França



É um Grand Cru de 2004, completando 11 anos, mas segue inteirinho, prova de que é um Bordeaux muitíssimo bem feito. Os apreciadores logo perceberão no nariz a presença da típica Cabernet Sauvignon– pimentão verde, groselhas e algo maduro por perto. O mais interessante é que se trata de Saint-Émilion, sub-região famosa pela Merlot em superioridade no corte. Fugiu da curva...

Ele está no estágio terciário, aquele de aromas e sabores complexos, aquele que exige do bebedor paciência e reflexão. Pimentas, frutas em passa, toques defumados, vários sinais de evolução. Menos acidez e menos fruta, mas com um tanino fino e lindo.

E apesar dos taninos presentes, é claro que a Merlot ajudou a amaciar tudo isso. Comportados num corpo leve, dão até uma versatilidade maior na hora de harmonizar. Gosta de bochechas ou carne de caça? Seria uma combinação perfeita.

Graduação alcoólica: 12,5%

História

Sandrine Meunier não fazia vinhos para vender. Fazia porque gostava. Seus filhos, desde pequenos, ajudavam. Era algo de família, um momento juntos, uma bebida que todos gostavam.

Mas não demorou para seus vinhos serem descobertos pelos enófilos de plantão. E, na última classificação de Saint-Émilion (que acontece, em média, a cada 10 anos), os críticos lhe deram um título de Grand Cru. Isso, meu amigo, é para poucos!