sábado, 26 de setembro de 2015

Deux Moulins IGP Sauvignon Blanc 2014

LOIRE , FRANÇA

Dei “estrela” na degustação e ainda levei o restinho pra casa! É um belo vinho em tudo: do cultivo orgânico das uvas à vinificação natural; dos aromas ao final de boca.


Descrição

Já ouviu falar no Vale do Loire? É nesta região da França, berço da Sauvignon Blanc, que a casta alcança sua mais elegante expressão.
A retenção de calor nos rios favorece o amadurecimento das vinhas mesmo durante o inverno sem que lhes falte acidez. Não à toa, são considerados tão especiais os brancos vindos de lá.
E foi a partir de uma combinação de terroir, cultivo orgânico e vinificação natural que nasceu este vinho. Notas minerais e cítricas despontam os aromas deste Sauvignon Blanc, fruto do solo composto por gravel e xisto - pedras que exigem das vinhas força para infiltrar a terra e buscar nutrientes - e da influência marítima retida por ele.
Em boca, se desmancha em um dulçor sutil que lembra chá de lichia. A acidez fica por conta do cítrico que se repete aqui, algo de lima somado ao herbáceo de grama recém-cortada. Tudo nele é fresco: os aromas, os sabores, a leveza com que passeia em boca, a persistência e a viva acidez.
Indiscutivelmente agradável. Um Sauvignon Blanc natural, vindo do Loire? É uma grande experiência, uma bela oportunidade.
Curador: Rodrigo Albuquerque

História

Há mais de 25 anos, a produção de vinhos representa o coração do Domaine Les Deux Moulins. Hoje, oeferecem uma taça de vinho para quem quiser entrar e conhecer a propriedade.
Situada no Vale do Loire, região da França muito prestigiada por representativos e interessantes Sauvignons Blancs, a vinícola conta com a expertise de Séverine e Jean-Michel Monnier para utilizar técnicas de vinificação e envelhecimento que permitam a máxima expressão das uvas nos vinhos.

Château Prieuré Marquet 2010

BORDEAUX , FRANÇA


Que delícia! É redondo, estruturado, equilibrado… Sabe aqueles vinhos que depois que você bebe, pensa: “o mundo precisa conhecer!”. É este Bordeaux.


Descrição

Feito de 100% uvas Merlot colhidas inteiramente à mão, com uma ajudinha de renomados enólogos de Médoc e Saint Émilion, este Bordeaux destaca notas de jabuticaba junto a taninos e muita maciez ao palato.
Em boca, a evidência das frutas trazida pelo período prolongado de sol que banhou as vinhas da safra de 2010 em Bordeaux, é equilibrada com uma acidez maior do que a esperada, e que grande alegria notá-lo assim, tão vivo. A mineralidade do solo calcário da região também se faz presente.
Notas terciárias também aparecem: licor de cassis, couro, tabaco. Diferente, mas encantador. De extrema elegância, vai passeando dos aromas ao final de boca se desvendando aos poucos. Redondo é a palavra.
Para harmonizar? Impossível não pensar em cordeiro.
História
Frédéric Despujol, cuja família foi proprietária do Château Nénin, desejava voltar a trabalhar com produção de vinhos Para isso, se juntou ao amigo viticultor em Saint-Émilion, Alexandre de Malet Roquefort e juntos fizeram renascer essa magnífica vinícola.
Em uma região com clima ensolarado, o Domaine la Garelle é uma vinícola moderna, que produz rótulos em que prevalece a mais pura expressão da fruta, sem maquiagem e excesso de barrica, como ditam as tendências do atual mercado. Vinhos alegres que refletem muito bem o terroir.
O vinho é vinificado na forma tradicional em um completamente renovado em 2002 e 2008 (tanques de controle de temperatura, controle de umidade), e sob a constante supervisão de uma equipe de enólogos conhecida por ser extremamente exigente e cheia de criatividade. O envelhecimento do vinho é feito em barricas de carvalho francês durante 20 meses. Eles são renovados a cada ano, pela metade ou terços.

Trio Lagar de Eizaga Crianza

RIOJA ALAVESA , ESPANHA

Um presente tê-lo em boca! Quanta estrutura, volume, mas sem ser pesado. Equilibrado de uma maneira fácil e amigável , deixa uma lembrança agradável que nos convida a continuar a beber. Revela, com elegância, o estágio de mais de um ano em madeira.


Descrição

Rioja é indiscutivelmente a principal região vinícola da Espanha. A Rioja Alavesa, a menor das três sub-regiões, situada no País Basco, é considerada por muitos a melhor. Com solos parecidos aos de Médoc e vinhas plantadas em altitudes muito elevadas (entre 400 e 1.200 metros!), são expostas a temperaturas frias que resultam em vinhos com boa acidez, componente mais importante para vinhos de guarda.
Um vinho que revela, com elegância, o estágio de mais de um ano em madeira. As frutas frescas estão presentes, morangos e framboesas entre elas, e em seu aroma apresenta um toque de baunilha e chocolate.
E que presente tê-lo em boca! Quanta estrutura, volume, mas sem ser pesado. Café, especiarias e baunilha se misturam. Equilibrado de uma maneira fácil e amigável, seus taninos maduros deixam uma lembrança agradável que nos convida a continuar a beber, mas como todo Crianza de Rioja, pede por comida. Ficaria ótimo com paleta de cordeiro.
Dificilmente achará um bom Crianza de Rioja por menos de R$130 hoje no Brasil. Este certamente é uma das melhores ofertas de vinho espanhol que já passou pelo Sonoma.
Curador: Andrea Godoy

História

A Lagar de Eizaga uma vinícola familiar, fundada em 2006 e situada em Laguardia, o coração da capital da Rioja Alavesa. 

Esta foi a primeira região vinícola a projetar os vinhos espanhóis no mercado mundial. Cerca de 70% de seus hectares são plantados com Tempranillo. 

A vinícola é dirigida pelos irmãos, Carlos e Javier, dedicados a melhorar dia após dia. O foco está na qualidade desde fruto do vintage até o resto do vinho na garrafa. Todos os seus vinhos tintos são feitos exclusivamente com base de tempranillo, a soberana de Rioja.

Tarima Rosado Monastrell 2014

ALICANTE , ESPANHA


Muito legal este vinho! Bem fresco. 
Um vinho extremamente equilibrado! Tem tudo o que precisa: tem corpo, equilíbrio, acidez, um vinho completo, do início ao fim.


Descrição

Com um lançamento exclusivo, o produtor conseguiu, com excelência, um vinho composto por 100% Monastrell com todo o frescor que esperamos estar presente ao saborear um rosé.
Mais escuro na cor, encantou-nos com suas notas de frutas vermelhas, como morango e cereja. Surpreendeu pelo aroma incrivelmente fresco! No paladar, médio corpo e frutado, com viva acidez.
Definitivamente, é o vinho ideal para ser apreciado nos dias quentes, devido ao seu frescor. Uma salada, alguns frutos do mar, ou até um risoto primavera para acompanhar. Calor, comidas leves e um bom bate papo com os amigos. Este vinho não pode faltar.
Curador: Andrea Godoy

História

Rafael Canizares e Jorge Ordonez, catalães de puro sangue, tinham pequenas produções, sem muitas pretensões, quando se conheceram. Eles se juntaram e juntos criaram a Volver, presente já em La Mancha, Alicante e na recém-nascida Jumilla.
O Tarima veio de uma vinícola plantada com 100% Monastrell (Mourvedre), de vinhas plantadas em 1975. O solo é árido e superficial, é muito pobre em matéria orgânica e cheia de rochas derivadas de giz. O calcário é a principal característica do solo e constitui a rocha mãe. O elemento de areia permite que as vinhas enxertadas para sobreviver produzir frutos extremamente concentrados e deliciosos.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Arunte Salento Negroamaro 2013

SALENTO , ITÁLIA




Descrição

Em Salento, terra que deu origem a estas uvas, o clima quente favoreceu sua maturação, dando concentração e dulçor natural.
Não é à toa que a Negroamaro agrada tanto ao “paladar brasileiro”, acostumado a esses toques mais adocicados.
Neste caso, são cerejas amarenas bem densas, balsamo e anis.

Macio, redondo e estruturado, é um vinho e tanto!

É uma peça rara, encontrado em alguns poucos restaurantes.

Graduação alcoólica: 13,5%

História

Antes da conquista pelos romanos, a tribo dos messápios habitava e produzia nas terras do “salto da bota” italiana -  Puglia, Salento... Até hoje, é possível encontrar parques arqueológicos que mostram vestígios de vinhas desde aquela época.



Foi explorando essas marcas que a Cantolio abriu as portas no início da década de 1960, liderada por um pequeno grupo de enólogos experientes da Mandúria, terra das Primitivos.



Ah, desde 2008, a produção utiliza 100% de energia renovável.



Silvio Carta Vernaccia de Oristano Riserva 2004

SARDENHA , ITÁLIA

Descrição

Já ouviu falar em Vernaccia di Oristano? É um tipo de vinho incrível, mas muito difícil de encontrar fora da Itália, mais raro ainda fora da Europa.
Estamos falando de um fortificado branco feito na ilha de Sardenha nos mesmos moldes de Jerez. E até parece muito com os Jerezes secos no nariz: pêssegos em calda, figos, castanhas tostadas – é um baú de nozes! E nem por isso perdeu a acidez. Está ali, altíssima e com um toque picante.
As semelhanças com o milenar espanhol não param por aí. Até a vinificação é parecida, com o mesmo sistema de soleras para dar complexidade e estrutura ao vinho.
São feitas de quatro a cinco fileiras de barris de carvalho e, a cada ano, uma parte de cada fileira é misturada aos vinhos mais novos. E, assim como os vizinhos espanhóis, é uma bela companhia para charutos e embutidos. Porém, com menos fileiras na solera e uvas menos potentes, a graduação de um Vernaccia consegue ser mais baixa, fazendo dele um fortificado mais acessível, mais fácil de beber, mais suave.
Curador: Alykhan Karim

História

Antigamente, a Silvio Carta focava apenas em licores e destilados, estilos de bebidas muito comuns nas ilhas da Itália (grande concorrente das denominações da Sicília, apesar de geograficamente tão distantes).
Foi na década de 1970 que Elio, filho de Silvio, amante de vinhos, decidiu entrar no ramo. Com o conhecimento das altas graduações alcoólicas, optou por fortificados, e é um dos poucos produtores do país que investem no método de solera, o mesmo dos Jerezes, na Espanha. Em 1972, ele conseguiu o certificado internacional do prestigiado Instituto Técnico de Enologia de Conegliano (Vêneto).


Gutturnio Superiore Albertina Ferrari Barbera/ Bonarda 2010

EMILIA-ROMAGNA , ITÁLIA



Descrição

O produtor Franco Bacchini, um personagem de Colli Piacentini, gosta de moldar seus vinhos de acordo com as histórias que ouve de seus bebedores e amigos. Este blend, inusitado, foi um de seus testes... Bem sucedidos! 

É composto em 60% por Barbera, e o restante de Bonarda. Confessamos que, a princípio, não sabíamos muito o que esperar dele. Esquisito era, mas será que seria bom? Conclusão: surpreendentemente bom! 

Da Bonarda vem algo de terra e cogumelos, que ganham um ar de acidez sanguinolenta e até certo tempero da Barbera. Um toque ferroso se suaviza em frutas numa acidez que é um belo exemplo de acidez italiana... Ah, como é gastronômica a Itália, tamanha acidez é a pedida para harmonizar 70% dos pratos de lá! 

Mas, como dissemos, é uma raridade. Bacchini fez pouquíssimas garrafas experimentais, uma reserva mínima que separou exclusivamente para seu pequeno restaurante (ali mesmo, na vinícola). Tirando as que foram consumidas por seus clientes e familiares (e por ele mesmo), o Sonoma conseguiu um pequeno lote desta raridade. 

Graduação alcoólica: 13,5%
Curador: Alykhan Karim

História

Pensar na Cantina Bacchini sem pensar em seu fundador, Franco Bacchini, é praticamente impossível. Mais do que um produtor, tornou-se um personagem. Desde 1964, quando abriu as portas da vinícola, ele esteve presente na vida de qualquer um que se envolvesse com seus vinhos – seja para apreciar cada rótulo ou para consolar cada decepção. 

  

É pensando nesses clientes que viraram amigos, que Bacchini faz cada um de seus vinhos, levando em consideração as histórias de quem, de fato, bebe com alguma finalidade que não seja comercial. 

  

Nunca foi um ideal expandir. Bacchini e sua vinícola seguem pequenos cerca de 40 anos de história. São, cada vez mais, a cara de Colli Piacentini.

Picotis Schioppettino 2008

FRIULI-VENEZIA , ITÁLIA



Descrição

Animal e selvagem, entra pelas narinas com o olor da lenha queimando na lareira em um dia de frio, como nas vésperas de Natal dos filmes à época. 

É assim que o vinho vai te transportando em uma elegante viagem por colinas de terra repletas dos cogumelos a que a Schioppettino tanto puxa. Já de volta à realidade, fica na boca a doce sensação da rapadura. 

Com essas notas terrosas, combina de duas formas: por combinação, ao lado de cogumelos e molhos ao funghi, ou por contraste, harmonizando com receitas à base de batatas, mandiocas ou outros tubérculos. 

Uma exótica uva com o corpo das mais famosas cepas italianas. 

Graduação alcoólica: 13,43%
Curador: Alykhan Karim

História

A Itália está cheia de castas antigas, esquecidas no tempo. A mítica criatura alada nos rótulos que Dorino Livon escolheu para seus vinhos representa bem sua busca pela tradição e recuperação dessas uvas.
É dessa forma que tenta explorar o caráter do terroir italianíssimo de Friuli e das comunas ao seu redor. Foi nessa região, inclusive, que nasceu o produtor (mais especificamente no extremo leste, limiar com a Europa oriental).
As primeiras vinhas datam de 1964, e desde então produzem vinhos com qualidades comparáveis aos grand crus franceses.

Yo Carignan 2013

CACHAPOAL , CHILE


Descrição

Carignan no Chile? É, no mínimo, para se prestar atenção. Poucos produtores sabem usá-la bem aqui, na América, e a maioria deles utiliza em produções de garagem. Este traz o lado frutado, austero e de taninos suaves e delicados, como os melhores do Chile têm.
Nos aromas, sente-se uma nota de madeira, mas as frutas vermelhas, típicas da Carignan já querem aparecer.
Em boca, se mostra mais robusto do que os da Espanha e mais frutado. Boa acidez, uso correto de madeira, um toque herbáceo, simples, agradabilíssimo e equilibrado.
Curador: Rafa dos Santos

História

Vindos da Espanha para o Chile, os antepassados da família Villaseñor se estabeleceram na América e começaram a fazer vinhos utilizando técnicas artesanais, a princípio, para consumo próprio.
A paixão pelo vinho e a ligação com a terra e a agricultura fizeram com que a tradição vitivinícola passasse de geração em geração e hoje, a Villaseñor tem sido comandada por filhos e netos com grande esforço e qualidade.

Domaine Francois Xavier Côtes du Rhône 2013

COTES DU RHÔNE , FRANÇA



Descrição

Um Grenache com um toque de Syrah do Côtes du Rhône aos moldes de Gigondas...
Que grata surpresa recebê-lo! A tão potente Syrah do norte do Rhône ganhou a sutileza e as frutas da Grenache, uva mais plantada em Gigondas. É uma das denominações mais elegantes da França, com Rhônes mais leves do que se espera.
Este traz nos aromas groselhas, cinzas, especiarias e em boca, vai evoluindo em camadas. Frutas vermelhas vivas e maduras se fundem em pimentas. Os comportados taninos acompanham a acidez que se faz presente e suculenta.
A região de Gigondas fica ali, ao lado da pequena Chateauneuf-du-Pape e é um lugar muito famoso e procurado entre os bons apreciadores de vinho (e não só franceses!). O solo de argila vermelha traz profundidade e riqueza aos vinhos que, por serem produzidos com vinhas velhas, de aproximadamente 40 anos, já apresentam mais maciez e concentração.
Hoje, este vinho é um dos melhores custos-benefícios do Rhône no Brasil.
Curador: Rodrigo Albuquerque

História

Fundado no século 20 por François Xavier Lambert, o Domaine François Xavier está localizado na região de Gigondas, na França, próximo à pequena e conhecida Chateauneuf-du-Pape. Grande parte de seus vinhedos (70%!) é composto por Grenache, além de 15% Syrah e 15% Mourvèdre em um solo de argila vermelha que traz profundidade e riqueza aos vinhos.
A vinícola é orgânica e todo o conjunto da obra se mostra bastante encantador: vinhas velhas, de aproximadamente 40 anos, e envelhecimento em tanques de concreto no lugar do carvalho. Além disso, o engarrafamento acontece na primavera para preservar o frescor do vinho.


Sentier Rosé de Provence 2014

PROVENCE , FRANÇA



Descrição

Dificilmente fala-se em rosé sem chegar aos elegantes e desejados da Provença.
Este nos surpreendeu desde o rótulo: muito moderno! Alegre, despojado, revelando a personalidade que ele já começa a apresentar desde os aromas.
Uma explosão de morangos, frutas vermelhas bem frescas, groselha… E em boca, quanta mineralidade! Inclusive, esta é uma característica da região. O solo calcário e rochoso retém a umidade trazida pelo Mediterrâneo e agrega às vinhas mineralidade e acidez. De fato, é exatamente assim e ainda mais expressivo do que costumam ser os vinhos da Provença que, por natureza, são delicados e sutis.
Feito principalmente de Cinsault, com toques de Grenache, Syrah e Cunoise, este carrega personalidade. Pelo cultivo orgânico suas uvas absorveram todas as características do solo sem passar por nenhuma intervenção. Se beneficiaram dos quentes verões da região, que intensificaram a maturação.
Fresco, leve, de alta acidez e cheio de sabor. Encantou a equipe toda, há tempos não nos surpreendíamos com um rosé fora da curva.
Curador: Andrea Godoy

História

O castelo construído no século 17 representa a história do Château Badasse: une o rústico à elegância em uma arquitetura antiga. A paisagem do lugar também compõe a exuberância e a história do Château.
Hoje, a vinícola recebe centenas de visitantes e turistas atraídos pela história, pela qualidade dos vinhos e pela beleza do lugar. O solo de argila e calcário recebem incidência solar em uma medida que tornam os vales frescos e adequados ao cultivo da videira. Parece tudo pensado para carregar exatamente o maior símbolo da Provença: elegância.