domingo, 3 de maio de 2015

Fleur de Clinet 2009

Bordeaux, França



Este vinho é um senhor de fraque! Vindo de uma das melhores safras de Bordeaux dos últimos 50 anos, ele se desmancha em elegância com tanino e acidez combinados em perfeita harmonia. 

Em um mapa de 1785, pode-se ler na região de Pomerol, Bordeaux, algo como “Cliné”. A palavra significa algo como lugar de coisas “arcadas”. Essa formação da natureza proporciona algo que, desde 1785, manteve inteiras as vinhas do Château Clinet: uma drenagem natural das águas dos rios. Ou seja, é praticamente uma captura automática do melhor que o solo de Bordeaux pode dar!

É um vinho para se guardar na adega e degustar lá para 2020. Ao primeiro gole, trava a boca com tantos taninos. Após uma hora de decanter, já está mais macio e integrado, mas ainda pede guarda ou, no mínimo, uma comida bem suculenta e potente.

Volumoso, um toque de cassis aqui, uma nota de pimenta branca ali, cravo e alcaçuz. Aos poucos ele se mostra mais fresco com framboesas e uma estrutura em boca marcada pelo tanino aveludado e pela acidez que preenche e faz salivar.

Vai de bolonhesa ao forno ou carré de cordeiro?

Graduação alcoólica: 13,5%

História

Em um mapa de 1785 da região de Bordeaux, mais especificamente na pequena Pomerol, pode-se ler algo como “Cliné” em uma área de vinhas que circundam uma antiga igreja. A palavra significa algo como “lugar das coisas ‘cliner’”, termo francês que, por sua vez, pode ser “arco” ou “magro”.

Foi uma forma lúdica que os exploradores encontraram para descrever essa região, principalmente o pequeno (e magro) declive que desce por todo o planalto do Pomerol em um formato de arco.

Essa formação da natureza proporciona algo que, desde aquela época, manteve as vinhas inteiras: uma drenagem natural das águas dos famosos rios de Bordeaux – ou seja, é praticamente uma captura automática do melhor que o solo bordalês pode dar a uma uva.

Percebendo essa grande oportunidade, a primeira família que dominou os hectares construiu o Château Clinet, ainda no século 19. Desde 1998, é a família Laborde, liderada por Ronan, homem de negócios e grande entendedor de vinhos, que elevou o status da vinícola a uma das mais reconhecidas no Pomerol hoje (principalmente graças ao seu tom exigente e minucioso comentado por muitos).

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